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Colheita do Feijão: Quando realizar, Métodos e Cuidados

Equipacenter por Equipacenter
7 minutos para ler
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Não há como negar: o feijão é o grão mais queridinho do país.

Seja qual for a região da nossa terra, este alimento está presente em praticamente toda culinária nacional, sendo um dos alimentos mais consumidos no Brasil.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2021/2022 deve render uma produção no patamar de 289,8 milhões de toneladas, um aumento representativo de 14,7% em relação à safra de 2020/2021.

A estimativa, segundo a Companhia, é de que a produção chegue a 3,1 milhões de toneladas nas três safras.

Diante de tais dados, é perceptível que, para muito além de ser presença nos pratos dos brasileiros todos os dias, o feijão também apresenta uma alta demanda de consumo.

Porém, como extrair o melhor de cada colheita de feijão?

Neste artigo, apresentaremos tudo o que você precisa saber sobre o assunto, além de trazer dicas importantes para o pós-colheita. Acompanhe.

Quando fazer a colheita do feijão?

O tempo correto para a colheita do feijão precisa ser observado de acordo com o estádio de maturação do grão.

Esses estádios são as etapas de fenologia do feijão e são classificados em V0, V1, V2,V3 e V4, que vai desde a fase de germinação (V0) até abertura total da terceira folha trifoliada (V4).

As etapas de crescimento e maturação fisiológica correspondem aos estádios R5, R6, R7, R8 e R9 e é nessa última fase que é indicada a realização da colheita do feijão.

No estádio R9, as vagens, que já apareceram nas etapas anteriores, passam a secar e a ficarem com uma tonalidade amarronzada, enquanto as sementes começam a ter um maior brilho.

É extremamente importante realizar a colheita única e exclusivamente nessa etapa, logo que, antes disso, o grão ainda não atingiu a maturidade necessária para consumo, tão menos para a comercialização.

Para facilitar a visualização, abaixo preparamos um infográfico que detalha cada etapa de estádios do feijão. Confira.

fenologia do feijão

Como é feita a colheita do feijão?

A colheita do feijão, além de necessitar ser feita em uma época específica, também precisa ser realizada de forma correta. Sendo assim, há três técnicas que podem ser adotadas para isso.

Manual

A colheita manual é a forma mais tradicional de realizar a colheita do feijão.

Nela, todo o trabalho é realizado de braçalmente: arranquio, recolhimento, trilha, abanação e limpeza.

Nessa técnica, após o arranquio, é necessário realizar o processo de finalização e secagem, deixando as plantas com as raízes para cima até que atinjam o percentual de umidade de 16%.

Em seguida, vem o processo de abatedura, com a utilização de varas flexíveis ou rodas de trator, com as plantas dispostas ao longo de um terreiro.

Por fim é feita a abanação e limpeza dos grãos.

Semimecanizada

Na colheita semimecanizada, como o próprio nome sugere, partes do processo de colheita são feitas com o auxílio de máquinas.

Em geral, o arranque e a disposição em leiras é feita de forma manual e a trilha conta com o auxílio de máquinas para a realização do trabalho.

Mecanizada

De longe, a colheita mecanizada é o mais eficiente dos modos.

Neles, todos os processos citados anteriormente são feitos inteiramente com o auxílio de máquinas.

Nesse modo, há duas possibilidades de atuação: de forma direta, ou de forma indireta.

Na primeira, a colheitadeira realiza integralmente todo o processo da colheita (algumas delas até mesmo ensacam o grão).

Já quando é executado de forma indireta, o trabalho é feito de forma conjunta entre uma ceifadora-enleiradora e uma recolhedora-trilhadora, sendo que a primeira máquina realiza o corte e enleiramento das plantas no campo e a segunda efetua os processos seguintes e finais da colheita.

Sem dúvidas, esse é o processo que gera menos perdas na colheita do feijão, e o mais indicado seja para pequenas, médias e, principalmente, grandes plantações.

3 dicas para a colheita do feijão ser mais eficiente

E por falar em métodos eficientes, abaixo separamos algumas dicas para aumentar a eficiência no momento da colheita.

Confira.

1. Colha o grão no tempo certo

Como dissemos aqui, a colheita do feijão precisa acontecer quando o mesmo se apresenta no estádio R9.

Essa é a etapa de maturação ideal para a colheita, visto que sua antecedência reflete em um grão ainda impróprio para o consumo e sua colheita após esse período resulta em maiores riscos de ataques de pragas.

A umidade do grão precisa estar em torno de 16% para a colheita, porém, podem ocorrer desuniformidades na secagem deles. Por isso é recomendável o uso de dessecantes ainda no pé, o que contribui também para a diminuição de ervas daninhas.

É recomendável, ainda, que se evite realizar a colheita em períodos de chuva, justamente por conta do aumento de umidade nos grãos nesses períodos.

2. Uso de maquinários

É consenso no meio agrícola de que o uso de máquinas para a colheita de feijão é a melhor escolha para o produtor, logo que garantem maior qualidade, eficiência e produtividade.

Como mostramos anteriormente, há o uso direto e indireto destes equipamentos para a colheita de feijão.

Porém, indicamos o uso apenas do método direto, logo que além de facilitar o processo, também reduz os custos envolvidos na operação.

Para isso é necessária muita atenção à manutenção da colhedora de feijão.

Sendo assim, regulagens e manutenções preventivas precisam ser atividades muito comuns ao produtor que opta pelo seu uso.

3. Considere a arquitetura da planta

Embora a colheita direta seja a melhor opção ao produtor, se a planta possuir um florescimento de grão mais próximo ao chão, esse método não funcionará.

Isso porque é necessário o cultivo de plantas com uma certa altura dos grãos para que a máquina consiga realizar o seu trabalho de forma completa, sem causar perdas ou danos à plantação e ao produto final.

E, claro, dar preferência para o cultivo de tipos de feijão com maturação mais uniforme.

4 cuidados pós-colheita do feijão

Outro grande cuidado que o produtor rural deve ter é com o pós colheita, logo que se não for bem realizado, as perdas são praticamente certas.

Por isso, a seguir separamos alguns pontos de atenção neste momento.

1. Secagem

Como vimos, a colheita do feijão precisa ser feita quando o grão apresentar por volta de 16% de umidade.

Porém, esse nível de umidade não é o ideal para o armazenamento de grãos, visto que essa taxa percentual pode gerar problemas como a sensibilidade no manuseio, ocasionando quebras e fragmentação que dificultam a venda dos grãos, aumenta a insatisfação dos clientes e dificulta o armazenamento.

Sendo assim, é preciso realizar a secagem correta para se alcançar o percentual desejado, que é de 12 a 13%, por meio de métodos de aquecimento indiretos. 

Para isso, são indicados trocadores de calor a vapor ou elétrico.

Caso opte por outros meios, a probabilidade de afetar a qualidade sensorial do produto e gerar odores indesejáveis, devido à cocção, é muito grande.

2. Armazenagem

Após alcançar a umidade ideal, chega também o momento de realizar o armazenamento dos grãos.

Esse é um processo importante de ser observado, logo que é uma prática muito comum entre os produtores reservar seus estoques para a venda na entressafra, momento em que o grão tem seu valor de venda aumentado.

Na etapa de armazenagem, é importante que os grãos permaneçam em um lugar de baixa temperatura, seco e bem ventilado, condições ideais para a preservação e minimização das perdas dos grãos.

Ela pode ser feita tanto em ensaque, quanto em silos.

É preciso também ficar muito atento ao ataque de insetos e animais, ao endurecimento e escurecimento dos grãos, logo que esses fatores, somados também à má limpeza e presença de matérias estranhas e impurezas reduzem a qualidade do grão e o preço de venda.

3. Ataque de insetos

Algo muito comum de acontecer é haver a presença de ovos e larvas de insetos junto aos grãos, provindos da própria colheita.

Após a armazenagem, esses insetos podem se desenvolver e utilizar os grãos para sua sobrevivência, o que resulta em carunchos dentro dos grãos e consequente perda de qualidade do produto.

A dica é a aplicação de alguns compostos químicos, como a fosfina, no armazenamento, que elimina insetos em qualquer fase de desenvolvimento, evitando a sua evolução e consequente redução da qualidade do grão.

4. Uso da tecnologia

O endurecimento e o escurecimento de grãos são efeitos muito comuns de acontecerem quando o produto está armazenado.

Dentro das técnicas tradicionais de armazenagem, esses fenômenos são um tanto quanto incontroláveis.

Porém, há técnicas, com a utilização da tecnologia, que conseguem reverter ou evitar que tais efeitos ocorram.

Exemplos disso são o armazenamento em atmosfera modificada, o resfriamento artificial e o silo de menor capacidade de armazenamento, que garantem um maior controle sobre as influências externas que o grão sofre.

Assim, é possível contornar os efeitos do tempo para a venda na entressafra.

3 tecnologias que ajudam na colheita do feijão

E por falar em tecnologia, a seguir apresentamos três delas que podem ajudar (e muito) nos processos de cultivo do feijão, ao aplicar a agricultura de precisão

1. Drone

Um dos equipamentos mais utilizados atualmente na agricultura, sem dúvidas, é o drone.

Esse aparelho aéreo é carregado de câmeras e sensores que facilitam a vida do produtor rural, fazendo sobrevoos que permitem:

  • Monitorar o crescimento das plantações;
  • Identificar pontos de deficiência na lavoura e aplicar ações direcionadas e pontuais nos locais que necessitam de maior atenção;
  • Levantar dados sobre o desenvolvimento da plantação por meio de sensores acoplados ao drone;
  • Inspecionar os sistemas de irrigação.

Dentre tantas outros benefícios que esse dispositivo proporciona.

Para saber mais sobre a utilização do drone na agricultura, acesse o artigo que preparamos especialmente sobre esse assunto.

2. GPS Agrícola

Principalmente quando falamos sobre a colheita direta do feijão por maquinários, o GPS agrícola é um verdadeiro aliado ao produtor rural.

Por meio do mapeamento da área de plantio, o equipamento traça a rota a qual a máquina irá percorrer, de forma a não necessitar duplicar sua rota.

Tudo isso reflete em menores custos com insumos e na otimização do tempo de trabalho.

Duas excelentes opções de GPS Agrícola é o Farmpro PRO 7 e o Farmpro MAX 7, ambos disponíveis no site da Equipacenter.

Para saber quais as suas diferenças e qual melhor se enquadra às suas necessidades, preparamos um artigo para entender as diferenças.

3. Medidor de umidade

Como mostramos, uma das principais necessidades e ponto de atenção do produtor rural é em relação à umidade do grão, seja na colheita ou pós colheita.

Porém, como saber a umidade certa para o grão?

Grãos como arroz, feijão, milho, soja e café, o percentual de teor de água varia entre 18% e 20% e em sua armazenagem, não podem passar de 13%.

Por isso, o medidor de umidade de grãos torna-se uma ferramenta fundamental para evitar grandes perdas, monitorando a qualidade da sua produção.

O grão mais amado pelos brasileiros

E não há dúvidas que parte da identidade brasileira está diretamente relacionada ao consumo do feijão.

Porém, para chegar à mesa de tantas famílias, o processo de cultivo necessita de grandes cuidados. 

Mas, seguindo todas as dicas que apresentamos aqui, o produtor rural poderá aproveitar ao máximo a grande demanda de consumo que este grão apresenta.

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Categoria

Agronegócio,

Última atualização agosto 30, 2022

Sobre o Autor

Equipacenter

Hoje a Equipacenter oferece mais de 100 opções de máquinas e tem na bagagem mais de 7 mil clientes atendidos em todo o Brasil. Nomes como BMW, Scania, Globo, WEG, Latam, Azul, JBS e Pepsico já adquiriram produtos com a empresa, mas os pequenos negócios são atendidos com a mesma atenção e seriedade. Agricultores, borracharias e pequenas empresas de logística possuem contato direto com a nossa equipe que prioriza agilidade e atenção no atendimento e melhores condições de pagamento. A Equipacenter possui sede em Lajeado, mas suas fronteiras já extrapolaram todos os estados do Brasil.

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