O agro representou aproximadamente 22% do PIB do Brasil (cerca de 2,5 trilhões de reais) em 2024, conforme o Cepea, e quase 49% das exportações do país, movimentando algo em torno de 164,4 bilhões de dólares, conforme o Ministério da Agricultura.
Esses números ajudam a entender a importância do agronegócio brasileiro no cenário nacional e global, mas existem outros detalhes importantes “escondidos” aí.
Um deles é sobre o mercado da soja.
O Brasil hoje é o maior exportador do grão.
Segundo o Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS), cerca de 40% do mercado mundial é verde e amarelo na safra 2024/2025, que deve ser a maior da história!
Quer saber um pouco mais sobre esses dados e descobrir quem são os maiores exportadores de soja no Brasil?
Acompanhe este texto e fique por dentro dos detalhes!
O cenário da soja no país
Apesar da liderança no ranking de produção e exportação de soja, o Brasil não é um país de monocultura.
Na verdade, outras commodities, como café, carne bovina e cana-de-açúcar também estão fortemente presentes em nosso território.
Por conta das diferentes zonas de cultura e também devido às diferentes condições climáticas e geológicas brasileiras, a soja está mais presente em alguns estados do que em outros.
Apesar de haver plantio de soja em praticamente todos os estados brasileiros, a produção é concentrada nas regiões sul e centro-oeste e quatro estados reúnem mais de 70% de toda área plantada.
Apesar dos recentes eventos climáticos extremos registrados em diversos Estados, desde estiagem até excesso de chuva, os resultados têm sido satisfatórios pela resiliência, experiência e capacidade técnica do agro brasileiro.
Quais são os maiores exportadores de soja do Brasil?
4º lugar: Rio Grande do Sul
Tradicionalmente, o Rio Grande do Sul disputa o segundo lugar com o Paraná na produção de soja, mas na safra 2024/2025 acabou caindo para o 4º lugar.
A queda na produção, mesmo com aumento na área plantada, se deve às condições meteorológicas adversas, com chuvas irregulares.
A produção deve atingir 17,1 milhões de toneladas, uma redução de 13,2% em relação à safra anterior, mesmo com incremento de 1,1% na área plantada, chegando a 6,84 milhões de hectares.
Segundo a Conab, a estimativa de produtividade é de 2,5 tonelada por hectare.
Quantia 30% abaixo do potencial da cultura gaúcha.
3º lugar: Goiás
O estado de Goiás se destaca cada vez mais no cenário nacional da soja e, na safra atual, ultrapassou o Rio Grande do Sul, ocupando o 3º lugar como o maior produtor desse grão.
A safra goiana de 2024/25 deve chegar a 18,7 milhões de toneladas, com um aumento de 11,7% em relação à anterior.
Com menos prejuízos climáticos do que na safra anterior, um dos destaques da produção de Goiás é a produtividade da cultura, que deve chegar a 3,8 toneladas por hectare.
2º lugar: Paraná
Após perder posição para o Rio Grande do Sul na safra passada, o Paraná deve retomar o posto de segundo maior produtor nacional de soja na temporada 2024/25.
A safra paranaense de 2024/2025 está projetada em 21,34 milhões de toneladas, uma alta de 15% em comparação ao ano passado.
Segundo o governo do Paraná, a safra local foi beneficiada pela maior ocorrência de chuvas desde o início do plantio, favorecendo o desenvolvimento da cultura.
Com isso, a produtividade deve ficar em torno de 3,8 toneladas por hectare, uma das mais altas do país.
1º lugar: Mato Grosso
O Mato Grosso reina absoluto como líder de produção nacional, além de ser o maior exportador de soja no Brasil.
Para se ter noção da magnitude da produção do Mato Grosso, se fosse um país, ele seria o quarto maior produtor de soja do mundo.
E está muito próximo de superar a Argentina, atual terceira maior produtora mundial.
A expectativa é de que o Mato Grosso produza 47,1 milhões de toneladas na safra 2024/2025, com crescimento de 20,76% em relação ao ciclo passado atingido pela seca.
Com uma área plantada de 12,6 milhões de hectares, a produtividade mato-grossense deve ser de 3,7 toneladas por hectare.
Brasil: o maior exportador de Soja do mundo
Nosso país ocupa o topo do ranking dos países exportadores de soja.
Segundo a Conab, a produção da safra 2024/2025 deve chegar a 167,4 milhões de toneladas, um aumento de 13,3% em relação à safra anterior.
Isso é resultado da capacidade e empenho de produtores espalhados por diversos estados brasileiros, que, juntos, cultivam mais de 47,4 milhões de hectares.
O Brasil se destaca não só pelos números absolutos, mas também pela relação de produtividade por hectare (cerca de 3,9 toneladas por hectare) e pela alta produção sem ocupar tanta área de plantio.
A EMBRAPA estima que 9,2% do território brasileiro é coberto por plantações de soja, bem diferente dos 18,8% que são usados para pastagem e criação bovina.
Toda essa soja, é claro, não circula só no mercado nacional.
A estimativa de consultorias especializadas é que 107 milhões de toneladas sejam exportadas em 2025, ou seja, mais de 63% de tudo que é produzido vai abastecer países como China, EUA e os membros da União Europeia.
Essa estatística só comprova a importância da soja, mas também de outras commodities para o Brasil, conforme o próprio governo reforçou:
“A supersafra prevista tem potencial para se refletir na mesa do brasileiro. O aumento na colheita na atual safra garante o abastecimento interno. E, especificamente sobre a soja, temos estimativa de colher a maior safra do grão. Com isso, o país também deverá registrar a maior exportação da série histórica do setor, sendo projetado um volume exportado de 105,4 milhões de toneladas de grãos”.
Agora veja o top 5 do ranking mundial de exportação de soja, segundo os dados mais recentes (2023/2024) da USDA-FAS):
- Brasil (103 milhões de toneladas)
- EUA (46,8 milhões de toneladas)
- Paraguai (6,3 milhões de toneladas)
- Argentina (37,8 milhões de toneladas)
- China (4,6 milhões de toneladas)
- Canadá (4,5 milhões de toneladas)
Ranking de produção de soja mundial:
- Brasil (155 milhões de toneladas)
- EUA (113,3 milhões de toneladas)
- Argentina (50 milhões de toneladas)
- China (20,8 milhões de toneladas)
- Canadá (4,5 milhões de toneladas)
- Índia (11 milhões de toneladas)
Como a tecnologia de precisão pode ajudar na produção de soja?
Para se tornar um dos maiores exportadores de soja no Brasil, produtores de Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul e outros estados brasileiros não contam apenas com a sorte de pegar uma boa época de chuvas ou sem a incidência de pragas.
O segredo da alta produtividade de muitos deles está no suporte tecnológico.
Por mais que o campo ainda seja visto por alguns produtores como um lugar onde a tecnologia não tem espaço, é cada vez mais comum ver produtores com alto desempenho utilizando soluções tecnológicas para ajudá-los em tarefas como:
- Controle da safra;
- Gerenciamento da fazenda;
- Análise do solo;
- Mapeamento geológico do terreno de plantio.
A chamada agrotecnologia surgiu com o propósito de contribuir para o crescimento de resultados dos produtores rurais, por isso, ela não deve ser dispensada.
Um bom exemplo é a agricultura de precisão, uma estratégia de produção que utiliza ferramentas modernas para levantar dados e ajudar na tomada de decisão do produtor agrícola.
No dia a dia do trabalho no campo, a tecnologia também pode se fazer presente.
Cada vez mais agricultores adotam o uso do GPS Agrícola como forma de reduzir o desperdício e ampliar os resultados de suas safras.
O sistema é simples de usar, fica acoplado ao trator encarregado da colheita e auxilia o condutor na sua rotina de trabalho.
Entre os negócios mais lucrativos do Brasil
Como você pôde acompanhar, os maiores exportadores de soja do Brasil são Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, porém, o plantio dessa leguminosa pode ser realizado em diferentes áreas do país.
Se você tem interesse no cultivo de soja, saiba que o negócio é lucrativo e o Brasil deve seguir como líder absoluto no mercado mundial.
Lembre-se que ao adotar ferramentas tecnológicas, sua lavoura pode ser mais produtiva e transformar você em um produtor cada vez mais competitivo e com ótimos resultados.
